Patinho feio não, cisne. E negro!

Patinho feio não, cisne! E negro!
Fim do desprezo. Acabou o tempo de relação. Não há espaço para maldade. Aposse-se de sua matéria. Aproprie-se de seu egoísmo. Vivencie o universo que gira em torno de si. Faça isso. Suicide-se.  Sem plateia.
Brígida a enjeitada fez de um tudo para adequar-se, a pequena criança indefesa e perdida na praia, nua, agitando braços abertos pés gelados à beira d’água. Esse bebê nunca reencontrou seu lar. Acolhida apenas pelo funcionário público policial que lhe ajudava nas buscas em vão. Aprendeu zero de amor. Sentia as picadas das vespas avessas à prosperidade. Molho de tomate na parede mais importante que fraternidade, mais importante que o sangue. O charme é quebrar algum osso e se fazer dependente. A neném morreu na Funabem sem ser visitada, a canetadas, motivados pelo abandono. Ninguém sentiu a falta dela, nem no natal. A vida com Brígida foi rígida.
Morta. Mortinha da Silva e cimentada. Não há mais ar. Neca de pitibiriba. Ela achava que mesmo sem família ainda haveria pertencimento com amigos, enganada. Só quis ajudar. Eles se livraram dela, que era cúmplice de suas vergonhas. Testemunha da sua falta de caráter, da pequeneza em se achar. Abastada de bosta.  Carente de carinho e drenada da alegria. Frequentavam-na por interesse a sua opção em ser legitimamente autentica, existência de ouro. Fez um favor a todos.
Quem dá mais? A aventura da vida de Leilinha, sobrevida de leilão em leilão. Marionete do acaso buscando a luz nesse mar de lama tentando entender a pergunta. Só se quer ser feliz. Só. Prazer. Qual a qualidade do tempo que irão desfrutar? Como será? Onde caminhar? Tanta negritude contemplar. Chega de palavras besta. SSSSSSSSsssssshhhhhhhhh......... Não mexe com quem tá quieto. Apenas os arcanjos corajosos acoplados. De camarote moldado para assistir ao cataclisma.  Até o sentido se fazer presente. Dou-lhe uma. Dou-lhe duas. Arrematado.


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