Sou a história do Brasil.

   Sou a história do Brasil.
  Delinquente que nem a família visita na Funabem, anomalia afetiva, quem ao parir, foi uma dor de cabeça. O grande fato de meu nascimento foi à doença da outra filha. A filha da mãe. A mãe da filha única. “Irmãe”? Irmã? Não ao nascer. Uma distração da sua atração. Baiana não nasce, estreia! Tratada como um lixo de pessoa na favela. Apenas uma boa atriz sem habilidades sociais.  Gênio ruim para autobajuladores monotemáticos com “toque de Midas” apropriando-se de prestígios alheios.  Associal a cara da riqueza da namorada do ‘Chuckie’... Bolha espiritual... Só a Yoga salva! Enfim, uma malcriada que teve educação, mas não criação.
 Escola judia, municipal, estadual, franca brasileira, são vicentina, esculachada para não repetir, finalmente Bennet! Meus rapazes da hora! Sistema prisional em Benfica e Curitiba, a brasileira na comunidade. Marginais, criminosos, assassinos em massa, mau caráter / sem caráter e subcidadã viajada e inexistente ao seu sangue.
1964 e avenida presidente João Goulart, então, por favor, não me venha ostentar seu comunismo sobre a minha pessoa. Saí chorando ao assinar o contrato com a emissora por culpa de trair meus princípios e trabalhar para os capitalistas!
Meu cabelo aos quatro anos de idade era curto curto, para não ter vaidade, tipo Elis Regina, assim bem neném, era a logística dos fatos, cabelo Joãozinho. Sem identidade a filha da tia que era minha mãe amorosa, mãe de férias em Assis, excelente filha-sobrinha! Uma mini camarada sem individualidade, uma coletiva, coraçãosinho.  Quanto ao meu cabelo, lembro dele maior, crescido, longe das férias, afastada da minha tia-mãe tosadora,  a memória que me vem é no banheiro da Marques de Abrantes, a palavra que me dói: ‘mãe’, com o pente tentando desembaraçar meus fios, puxando pra baixo e falando: “vo Cê quer ter o Ca be lo da Ga l Costa?!”. A culpa é minha, eu sei, só existia Neutrox rosa, não tinha condicionar ainda. Quando estávamos no elevador de minha Vó, N.Sra. de Copacabana perto do Roxy, entra um casal e fala bem alto “que casalsinho lindo!” o Joãozinho era eu! Vê se pode.  Moi, Gold, subcelebridade, musa dos anos 90,  pinup burlesca...! O menininho...
 Para que você entenda, nesse aniversário me foi preparada uma festinha, mesa toda enfeitada na Sá Ferreira, porém a ‘mamãe’, essa palavra que para o mundo é doce, esqueceu de convidar  os convidados, as crianças. Convidados! Festa sem convidados! 4 anos! Traumas nunca são demais. Outro, 10 anos,  bateu com o carro na loja da KLM junto com a sua merecida filha, a infantilizada,  ao ponto de não ter saído da primeira infância sob alguns aspectos... Irmã? Não neste ano, coitada.
Inexistência de mim. Abuso emocional é termo jurídico que não traduz o sequestro da alma e a perfuração na minha estima. Maltrato crônico, de lá não vem nada de bem. Me tirou a possibilidade maternal e fraternal. Aos pés dos ‘dois irmãos’. Você tem toda razão, errada. Toda torta. Eu que lembro e penso nisso. Quando digo ‘minha mãe me odeia’ é só pra simplificar a história, desculpa se te passo coisa ruim.
  Mas, isso é para que você veja as coisas sob outra ótica. Alguns natais atrás, eu perguntei a minha ‘mãe’ se ela sentia afeto por mim, disse que não,  para que celebrarmos juntas então? A última vez que minha ‘irmã’ me viu, fingiu que não. Então, flexibilize sua opinião,  não é porque é mãe, não é porque existem laços sanguíneos, que há amor. É antinatural, eu sei, mas fenômenos acontecem. E você é capaz de conjecturar.
Qual a minha responsabilidade em ter nascido nessa sequencia DNA que por mim só é ódio? Ajudar à?
Perdoar 1, 2, 3, já é!, O de menos!, Mega perdão!, ‘aceito, confio, entrego e agradeço’, não pensar, se afastar como recomendou o padre, ‘amor é uma via de mão dupla’,  resignar como sugeriu a psicanalista que nos atendeu ”vocês não combinam”.  No meu entender tudo foi tentado, só há um detalhe, a dor não passa.
Fui construída para o isolamento, recebi muitos não apoios, me ofereceu de presente muitos não apartamentos, acompanhou-me ao hospital por crise de depressão, fui arrancada da janela do 10º andar, tomei soco no nariz e ainda assim não se saciam. Favelada,  já não sou visitada (nem por curiosidade turística), nem parabéns, nem brinde, ainda assim não param de agredir. Nunca. Só. Insaciáveis. Só. Tsunami de negatividade. Só. Qualquer oportunidade: ruim.
Fel.
Ou não. Ou Nurb.
Sou uma fofa! Ótima atriz! Quem gosta é que tem bom gosto! E uma história de amor genuinamente misericordioso! Coração como centro da vida. O certo. O positivo. O do bem. O de boa. O da risada. O das piadas de baixo calão. Eu só quero é ser feliz!  Não mexe com quem tá quieto.. Só gosto de quem gosta de mim. Não minto. Não roubo. Não violência. O jeito que eu vejo: deixa aquelas invejosas pra lá, prepara, beijinho no ombro que eu vou desfilar rebolando! Sai da minha frente que eu quero passar. Dou uma manada de elefante para não brigar, mas se insistir, prepare-se para ser atacada por um leão faminto de sangue! Prefiro o silencio e não ter nada, que ruído e a “vaga do carro!” a vaga, vaga a vaga e eu em voga! Vogue.
E apesar da minha inexistencia e ser o objetivo do war ‘destruir o exercito branco’,  provas concretas, para que você entenda que meu paradigma de ‘mãe’, ‘irmã’, ‘família’ é outro? Um frio fio desencapado na espinha dorsal, sem natal, sem carnaval e uma gota gelada pingando. Assim eu sinto, sem drama, apenas minha verdade iluminada e bem rezada. Troquei meus vínculos afetivos por um cachorro há 13 anos. Ainda vai continuar a me julgar? Exemplo e diagnóstico. Um quadro datado de 1973 pintado por mim, para um concurso sobre ecologia na Escola Cantagalo, e assinado no chassi pela irmã. Mas como assim!? Eu que pintei! Porque ela assinou? Irmã? Não quando tenho oportunidades.
Relação simbiótica entre duas narcisistas autocentradas, numa dinâmica meritocrática e que me posicionam como preteridamente excluída. Apontando o dedo: sexofóbica hipocondríaca  compulsiva bipolar e o outro dedo: retardamento para a responsabilidade, desvio de caráter. Quando a gente fala do outro, fala de si. Me compromete, me envergonha. Ficou de cócoras, calcinha aparecendo numa Avenida em São Paulo para tirar uma foto do sol. Do sol! No céu! 50 anos. Fotografei a pose e depois que retornou ao Rio enviei e perguntei: “-precisa?”, respondeu: “não”.  Mas quem sou eu? Tem gente que gosta que troquem as fraldas... Quanto a minha psique, pode me soltar numa ilha deserta que sobrevivo e construo um resort, se não me faltar antidepressivo, floral, yoga e missa.
  Aí a Dilma  resolve enfiar goela abaixo o Lula como ministro. Não. Errado. Feio. Muito feio. Muito muito muito feio. Então a lava jato se torna uma realidade nacional. E meus ídolos carbonários seres mitológicos da heroica história da resistência de minha infância Fradim se transmutam. Dos meus olhos azuis, da banda passou na janela e só Giovanna não viu... Meu gaúcho ‘O Intruso’ escarrando e/ou chantageando deixar o país. Um mar de lama que suga a ciclovia e todo o dinheiro do país virou diamante nos cofres de Asterix na Helvética, morre um, cai outro avião, tchau querida, desordem mental, país sem líder com um povo se agredindo pelas cores. Formadores de opinião aglutinados cheirando cocaína orgânica cristalizados em suas razões, fisicamente agressivos, verborragicamente chulos, cegos e viciados, #prestigiou um, prestigiou todos, nem viu, nem sabe de nada, mas a opinião está lá: formadíssima! Ostensiva em seu consumo da fama alheia. Contratados e cuspindo no prato que te serve. Arrotando caviar! Certezas para multiplicar o mal. Mas o que  que estou dizendo? Não tenho provas. Apesar de achar que quem se preocupa com provas não se preocupa com a verdade, se preocupa é com o flagrante. Todo mundo é inocente até ser pego! Afinal a culpa é mesmo da Marisa.  Eu que não me preocupo com os pobres. Saindo dessa experiência, senão mártir, de brutalidade e nojo, aonde a civilização não chegou, imagina, claro que você entende muito mais de ignorância e classe c que eu. Óbvio. Da janela vê-se duas prostitutas infantis.
E ainda acho que estou melhor que muitos! Olho com prazer minhas conquistas, tenho a amizade verdadeira fruto de meu pai e minha mãe. Dada, de graça, de talvez gostar de mim, da minha companhia, me permite até que o chame de pai. Aqui e agora. Aí te digo, minha vida é linda, meu país está em um processo de renascimento, a prova que minhas escolhas amorosas são péssimas, está confirmada pelos juízes Sergio Moro e Marcelo Bretas. Quem perdeu não fui eu, amanhã é um novo dia, sou meio Poliana mesmo, e, sinceramente não é isso que quero mudar. Ser amada é o que quero mudar. Se o copo está pela metade... Encho de champanhe gelada!
Lembrando que se quiser polemizar, estava quieta no meu canto.
Em minha lápide: “Ela tentou”

Eu, Cleusa Souza.

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